APRESENTAÇÃO DO GRUPO
MAQUIAVEL:
JORDANIA MARCIA CARVALHO
LEAL
CAPÍTULO I, II, III e IV.
NICOLAU
MAQUIAVEL (1469 – 1527)
OBRA:
O PRÍNCIPE
-
Historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano;
-
Renascentista;
-
Nasceu em Florença, Itália;
-
Escreveu O PRINCIPE 1513, está fazendo agora em 2013, 500 anos;
- O PRINCIPE
foi publicado em 1532;
-
Tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, para unificação da
Itália;
-
Itália um mosaico, governada por espanhóis, franceses, pela Igreja Católica
(papas e outros príncipes desfaziam constantemente alianças);
-
Verità Effettuale della cosa (verdade efetiva das coisas) – a verdade como ela
é e não como gostaríamos que fosse;
-
Realismo Amoral; Separação do Poder Político em relação à moral;
-
Ciência Política: Política é coisa mundana, é coisa para homens.
- Separa
Política X Religião;
-
Tripé: Virtù; Fortuna e Força;
-
Virtù deusa pagã, astúcia, esperteza, inteligência, sapiência, no reino animal
representado pela raposa;
-
Fortuna: Deusa romana (boa ou má), na Grécia Tique.
Maquiavel
analisa a deusa fortuna (sorte, oportunidade), como o rio, que ora está calmo e
ora turbulento, o príncipe deve profetizar criar diques para proteger a cidade,
a população. No jogo o acaso, que muda o curso da história.
-
Força: Guerra, se necessário; não é apologia a violência, mas se é necessário
brigar, guerreie, não adie uma guerra; porque dessa maneira estará
privilegiando seu adversário;
-
Virtù e Fortuna, virtù o livre arbítrio onde corresponde a 50%, fortuna o
acaso, mas O PRÍNCIPE profetiza vê na frente e por isso com inteligência
resolve a seu favor, segundo Maquiavel é como o amor cortesão, em que a mulher
é a fortuna e o homem com virtù bate e contraria a mulher e assim a domina e
conquista;
-
Pretendia formar o Estado-nação na Itália, que acontecerá 300 anos depois na Unificação
da Itália 1860;
TESE DO AUTOR:
1 – Aconselhar os
governantes de como governar e como manter o poder;
2 – Não existe poder sem
Estado-Nacional forte;
3 – O verdadeiro Deus da
política, não é religioso, nem moral é a correlação de força que existe entre
os membros;
4 – Autor Prático, do
Concreto, Material, daquilo que realmente é e não do que deveria ser;
5 – Utiliza a história e
prova as suas teses, por isso é Ciência Política, a história para Maquiavel é
cíclica, ela tem um início, um começo, um apogeu, um declínio e um fim, e se
repete constantemente como uma roda e por isso pode ser utilizada para analisar
as ações humanas políticas;
-
Está na época de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Colombo, Copérnico, Martin
Lutero e A Reforma Protestante;
-
Papas tinham filhos; tinham concubinas, política e religião se misturavam e eram
casos de família; a Itália era uma anarquia de cidades-estados; Lucrécia e
Cesar Bórgia, irmã e irmão, amantes, também tinha riqueza e poder graças a seu
pai o Papa Alexandre VI;
-
Maquiavel era um cristão de Domingo;
-
Foca no indivíduo;
- O homem é mau por natureza, o homem engana,
trai, mente e é fingido;
-
Analisa a prática da política;
-
Política relação entre os homens, conquistar e manter o poder;
-
Poder é Dominação. Exercício de Dominação;
-
Fim do Teocentrismo e início do Antropocentrismo;
-
Mercantilismo;
- A
terra era tida como geocêntrica e Copérnico apreende que a terra é
eliocêntrica;
-
Descobrimento das Américas;
-
Ensaio a Filosofia Política Prática;
-
Agir e ação humana;
Os capítulos estão distribuídos da
seguinte maneira:
- Capítulo I: Classifica
os tipos de Estados;
- Do Capítulo II ao Capítulo XI: Como
cada um desses Estados pode ser adquirido, mantidos e perdidos;
- Do Capítulo XII ao Capítulo XIV: Questão
Militar;
- Do Capítulo XV ao Capítulo XXIII: Modo
de como O PRINCÍPE se comporta em relação aos súditos e amigos;
- Do Capítulo XXIV ao XXVI: Defende
a cidade a formação da Itália, para a formação do Estado-nação;
1. CAPÍTULO I: Os Vários Tipos De Estado E
Como São Instituídos.
Tipos
de Estados:
-
República;
-
Principados (Monarquia).
Os
principados podem se:
-
Hereditários: Mesma linhagem ou estirpe;
-
Principados Novos (Conquistados – Dominados), ou são acréscimos aos domínios
hereditários de um príncipe, que os anexa, como ocorre no reino de Nápoles, com
relação ao rei da Espanha.
Exemplos
históricos: Principados novos:
1. Francisco
Sforza em Milão, todo novo;
2. Reino
de Nápoles, anexado ao rei da Espanha.
2. CAPÍTULO II: As Monarquias Hereditárias
-
Como podem ser governados e preservados;
-
Terá dificuldade em manter Estados herdados cujos súditos são acostumados com a
família reinante;
- Os
principados naturais são mais fáceis de governar e conservar, desde que siga as
regras abaixo:
1º
Para Estados novos basta evitar transgredir os costumes tradicionais e saber
adaptar-se a circunstâncias previstas;
2º O
PRÍNCIPE descendente não deverá abandonar por completo os procedimentos de seus
antecessores;
3º
Quando O PRÍNCIPE é natural do país tem poucas ocasiões e rara necessidade de
ofender. E evidente desse modo que se faça mais querido;
4º
Se pelos defeitos não é odiado, razoável é que seja naturalmente benquisto pelo
povo;
5º
Conforme se passa o reinado perdem-se a memória e as causas das inovações, pois
uma mudança poderá sempre anteceder a edificação de outra;
É MELHOR SER AMADO QUE
ODIADO.
É MELHOR SER TEMIDO QUE
AMADO.
3. CAPÍTULO III: As Monarquias Mistas
Monarquias Novas.
1º
Monarquias novas trocam de governantes com facilidade, pensando em melhorias,
mas se enganam é pior. Ocorre injúrias aos súditos dessa forma o soberano terá
inimigos (os súditos); e não consegue manter amizade com quem ajudou a conquista
do poder, porque não satisfaz as expectativas deste. Não pode aplicar medidas
rigorosas devido aos compromissos assumidos. Exemplo: Luís XII da França;
2º
Reconquistar um território, pela segunda vez faz com que seja mais fácil
mantê-lo. O monarca se fortalece castiga os rebeldes e puni os traidores.
Exemplo:
Milão – Franceses;
3º
Estados anexados a outras monarquias hereditárias podem ser da mesma
religião e língua ou não. Se for de
mesma língua, será fácil dominá-lo, se não são livres, basta exterminar a
dinastia que os governava. Se não há divergência de costumes o povo logo aceita
o domínio, a exemplos a dominação dos franceses na Borgonha, Bretanha, Gasconha
e Normandia.
Manter
o domínio – primeira extinção da linhagem de seus antigos governantes, segundo
a manutenção das leis e dos tributos;
“É MAIS FÁCIL O HOMEM
ESQUECER A MORTE DE SEU PAI, DO QUE UMA FALÊNCIA.”
4º
Dificuldades quando se conquista uma província com língua, leis e costumes
diferentes, terá que ter sorte e muita habilidade, para mantê-la. O Príncipe
deverá ir morar na Província.
Exemplo: Grão Turco.
Estando
o soberano presente se ocorrer rebeldes pode logo ser percebido e corrigido.
Vivendo longe somente saberá notícias e dificuldade de resolver. Além disso,
fica difícil outros governantes invadirem o território.
Os
súditos tem acesso ao príncipe para recursos e reclamações. Fica mais fácil
amá-lo ou teme-lo.
5º Organização
de colônias, estas custam pouco para o soberano. Prejudicam somente os súditos
que foram tomados as casas e terras, para alojar os novos habitantes, uma
pequena parte da população. Os que foram escorraçados, pobres e dispersos nunca
poderão fazer mal ao príncipe. Os que não perderam seus bens ficarão quietos
com medo, não deve injuriar quem se tem medo da vingança.
Guarnições
são inúteis e colônias úteis.
6º O
governante deve liberar e defender seus vizinhos menos poderosos, procurando
debilitar os mais poderosos.
REGRA
GERAL: Quando um estrangeiro poderoso penetra numa província, todos os
habitantes menos poderosos o apóiam, movidos pela inveja dos que tinham poder
maior do que o seu.
Desse
modo não haverá dificuldade, não pode deixar que adquiram autoridade e poder em
demasia. Única cautela.
7º
As colônias são mais econômicas que a vinda somente de soldados a cidade-estado
dominada.
8º
Os súditos que não são lesados, ficarão quietos, amedrontados para não serem
espoliados;
9º
As colônias não são onerosas, são mais fáceis, ofendem menos, e os prejudicados
não podem causar mal, tornados pobres e dispersos.
Exemplo:
ROMANOS
Fundaram
colônias, conquistaram a amizade dos menos prestigiosos, sem lhes aumentar o
poder, abateram os mais fortes e não deixaram que os estrangeiros poderosos adquirissem
conceito.
10º
Vigiar e ter cuidados com os rebeldes, porque previstas a tempo pode, ser
exterminada a rebelião ou o golpe.
O
PRÍNCIPE deve profetizar ver a frente.
11º
Se tiver que guerrear, brigue porque uma guerra não pode ser adiada, porque se
for, favorecerá o adversário;
12º
Maquiavel culpa os franceses por estes terem dado poder a alguém já poderoso a
Igreja Católica e esta foi sua ruína.
REGRA GERAL: NUNCA SE DÁ
PODER A ALGUÉM, PORQUE SE DER SERÁ ARUÍNAD.
A GUERRA NÃO SE EVITA, SE
ADIA EM BENEFÍCIO DOS OUTROS;
O TEMPO LANÇA A FRENTE DE
TODAS AS COISAS E PODE TRANSFORMAR BEM EM MAL OU MAL EM BEM;
- Cometeram
erros Luís XII, cinco:
-
Eliminou os menos fortes;
-
Aumentou na Itália o prestígio de um poderoso (colocou um estrangeiro
poderosíssimo);
-
Não veio habitar no país;
- Tomou
os territórios dos venezianos.
Se não tivesse tornado grande a
Igreja Católica, nem introduzido a Espanha na Itália, seria bem razoável e
necessário enfraquece-los.
REGRA GERAL: NUNCA OU
RARAMENTE FALHA: Quem é causa do poderio de alguém arruína-se, porque esse
poder resulta ou da astúcia (raposa) ou da força (leão), e ambas são suspeitas
para aquele que se tornou poderoso.
“ E por experiência viu-se
que a grandeza da Igreja e da Espanha na Itália foi causada pela França, e a
ruína desta foi acarretada por aquelas”!
4. CAPÍTULO IV: Porque O Reino
De Dario, Ocupado Por Alexandre, Não Se Rebelou Contra Seus Sucessores Após A
Morte Deste
Neste capítulo Maquiavel analisará os Estados
da França e Turquia.
Na França os homens que se juntam ao príncipe
são nobres, barões, duques, entre outros, pessoas de estirpe, na Turquia esses
homens são pessoas comuns, mas tem o cargo de ministros.
No
caso da França é mais fácil de ser dominada porque há sempre alguém chateado,
aborrecido com o príncipe, assim se aliando a estes se entra facilmente, mas no
caso da Turquia é difícil porque todos são hierarquicamente inferiores ao
soberano.
Entretanto,
para manter o poder na França é difícil porque sempre há súditos que amam os
barões, dificultando o poder e domínio do novo príncipe.
Já a Turquia
bastará exterminar com todos monarcas, o príncipe e sua família que os súditos
os esquecerão, porque tem memória curta e
neste caso será fácil manter o domínio, porque os súditos sem
governantes dependerão do NOVO PRÍNCIPE.