quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


APRESENTAÇÃO DO GRUPO MAQUIAVEL:
JORDANIA MARCIA CARVALHO LEAL
CAPÍTULO I, II, III e IV.

NICOLAU MAQUIAVEL (1469 – 1527)
OBRA: O PRÍNCIPE
- Historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano;
- Renascentista;
- Nasceu em Florença, Itália;
- Escreveu O PRINCIPE 1513, está fazendo agora em 2013, 500 anos;
- O PRINCIPE foi publicado em 1532;
- Tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, para unificação da Itália;
- Itália um mosaico, governada por espanhóis, franceses, pela Igreja Católica (papas e outros príncipes desfaziam constantemente alianças);
- Verità Effettuale della cosa (verdade efetiva das coisas) – a verdade como ela é e não como gostaríamos que fosse;
- Realismo Amoral; Separação do Poder Político em relação à moral;
- Ciência Política: Política é coisa mundana, é coisa para homens.
- Separa Política X Religião;
- Tripé: Virtù; Fortuna e Força;
- Virtù deusa pagã, astúcia, esperteza, inteligência, sapiência, no reino animal representado pela raposa;
- Fortuna: Deusa romana (boa ou má), na Grécia Tique.
Maquiavel analisa a deusa fortuna (sorte, oportunidade), como o rio, que ora está calmo e ora turbulento, o príncipe deve profetizar criar diques para proteger a cidade, a população. No jogo o acaso, que muda o curso da história.
- Força: Guerra, se necessário; não é apologia a violência, mas se é necessário brigar, guerreie, não adie uma guerra; porque dessa maneira estará privilegiando seu adversário;
- Virtù e Fortuna, virtù o livre arbítrio onde corresponde a 50%, fortuna o acaso, mas O PRÍNCIPE profetiza vê na frente e por isso com inteligência resolve a seu favor, segundo Maquiavel é como o amor cortesão, em que a mulher é a fortuna e o homem com virtù bate e contraria a mulher e assim a domina e conquista;
- Pretendia formar o Estado-nação na Itália, que acontecerá 300 anos depois na Unificação da Itália 1860;

TESE DO AUTOR:
1 – Aconselhar os governantes de como governar e como manter o poder;
2 – Não existe poder sem Estado-Nacional forte;
3 – O verdadeiro Deus da política, não é religioso, nem moral é a correlação de força que existe entre os membros;
4 – Autor Prático, do Concreto, Material, daquilo que realmente é e não do que deveria ser;
5 – Utiliza a história e prova as suas teses, por isso é Ciência Política, a história para Maquiavel é cíclica, ela tem um início, um começo, um apogeu, um declínio e um fim, e se repete constantemente como uma roda e por isso pode ser utilizada para analisar as ações humanas políticas;
- Está na época de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Colombo, Copérnico, Martin Lutero e A Reforma Protestante;
- Papas tinham filhos; tinham concubinas, política e religião se misturavam e eram casos de família; a Itália era uma anarquia de cidades-estados; Lucrécia e Cesar Bórgia, irmã e irmão, amantes, também tinha riqueza e poder graças a seu pai o Papa Alexandre VI;
- Maquiavel era um cristão de Domingo;
- Foca no indivíduo;
 - O homem é mau por natureza, o homem engana, trai, mente e é fingido;
- Analisa a prática da política;
- Política relação entre os homens, conquistar e manter o poder;
- Poder é Dominação. Exercício de Dominação;
- Fim do Teocentrismo e início do Antropocentrismo;
- Mercantilismo;
- A terra era tida como geocêntrica e Copérnico apreende que a terra é eliocêntrica;
- Descobrimento das Américas;
- Ensaio a Filosofia Política Prática;
- Agir e ação humana;
Os capítulos estão distribuídos da seguinte maneira:
- Capítulo I: Classifica os tipos de Estados;
- Do Capítulo II ao Capítulo XI: Como cada um desses Estados pode ser adquirido, mantidos e perdidos;
- Do Capítulo XII ao Capítulo XIV: Questão Militar;
- Do Capítulo XV ao Capítulo XXIII: Modo de como O PRINCÍPE se comporta em relação aos súditos e amigos;
- Do Capítulo XXIV ao XXVI: Defende a cidade a formação da Itália, para a formação do Estado-nação;

1.    CAPÍTULO I: Os Vários Tipos De Estado E Como São Instituídos.
Tipos de Estados:
- República;
- Principados (Monarquia).
Os principados podem se:
- Hereditários: Mesma linhagem ou estirpe;
- Principados Novos (Conquistados – Dominados), ou são acréscimos aos domínios hereditários de um príncipe, que os anexa, como ocorre no reino de Nápoles, com relação ao rei da Espanha.
Exemplos históricos: Principados novos:
1.    Francisco Sforza em Milão, todo novo;
2.    Reino de Nápoles, anexado ao rei da Espanha.

2.    CAPÍTULO II: As Monarquias Hereditárias
- Como podem ser governados e preservados;
- Terá dificuldade em manter Estados herdados cujos súditos são acostumados com a família reinante;
- Os principados naturais são mais fáceis de governar e conservar, desde que siga as regras abaixo:
1º Para Estados novos basta evitar transgredir os costumes tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias previstas;
2º O PRÍNCIPE descendente não deverá abandonar por completo os procedimentos de seus antecessores;
3º Quando O PRÍNCIPE é natural do país tem poucas ocasiões e rara necessidade de ofender. E evidente desse modo que se faça mais querido;
4º Se pelos defeitos não é odiado, razoável é que seja naturalmente benquisto pelo povo;
5º Conforme se passa o reinado perdem-se a memória e as causas das inovações, pois uma mudança poderá sempre anteceder a edificação de outra;

É MELHOR SER AMADO QUE ODIADO.
É MELHOR SER TEMIDO QUE AMADO.

3.    CAPÍTULO III: As Monarquias Mistas
Monarquias Novas.
1º Monarquias novas trocam de governantes com facilidade, pensando em melhorias, mas se enganam é pior. Ocorre injúrias aos súditos dessa forma o soberano terá inimigos (os súditos); e não consegue manter amizade com quem ajudou a conquista do poder, porque não satisfaz as expectativas deste. Não pode aplicar medidas rigorosas devido aos compromissos assumidos. Exemplo: Luís XII da França;
2º Reconquistar um território, pela segunda vez faz com que seja mais fácil mantê-lo. O monarca se fortalece castiga os rebeldes e puni os traidores.
Exemplo: Milão – Franceses;
3º Estados anexados a outras monarquias hereditárias podem ser da mesma religião  e língua ou não. Se for de mesma língua, será fácil dominá-lo, se não são livres, basta exterminar a dinastia que os governava. Se não há divergência de costumes o povo logo aceita o domínio, a exemplos a dominação dos franceses na Borgonha, Bretanha, Gasconha e Normandia.
Manter o domínio – primeira extinção da linhagem de seus antigos governantes, segundo a manutenção das leis e dos tributos;
“É MAIS FÁCIL O HOMEM ESQUECER A MORTE DE SEU PAI, DO QUE UMA FALÊNCIA.”
4º Dificuldades quando se conquista uma província com língua, leis e costumes diferentes, terá que ter sorte e muita habilidade, para mantê-la. O Príncipe deverá ir morar na Província.
 Exemplo: Grão Turco.
Estando o soberano presente se ocorrer rebeldes pode logo ser percebido e corrigido. Vivendo longe somente saberá notícias e dificuldade de resolver. Além disso, fica difícil outros governantes invadirem o território.
Os súditos tem acesso ao príncipe para recursos e reclamações. Fica mais fácil amá-lo ou teme-lo.
5º Organização de colônias, estas custam pouco para o soberano. Prejudicam somente os súditos que foram tomados as casas e terras, para alojar os novos habitantes, uma pequena parte da população. Os que foram escorraçados, pobres e dispersos nunca poderão fazer mal ao príncipe. Os que não perderam seus bens ficarão quietos com medo, não deve injuriar quem se tem medo da vingança.
Guarnições são inúteis e colônias úteis.
6º O governante deve liberar e defender seus vizinhos menos poderosos, procurando debilitar os mais poderosos.
REGRA GERAL: Quando um estrangeiro poderoso penetra numa província, todos os habitantes menos poderosos o apóiam, movidos pela inveja dos que tinham poder maior do que o seu.
Desse modo não haverá dificuldade, não pode deixar que adquiram autoridade e poder em demasia. Única cautela.
7º As colônias são mais econômicas que a vinda somente de soldados a cidade-estado dominada.
8º Os súditos que não são lesados, ficarão quietos, amedrontados para não serem espoliados;
9º As colônias não são onerosas, são mais fáceis, ofendem menos, e os prejudicados não podem causar mal, tornados pobres e dispersos.
Exemplo: ROMANOS
Fundaram colônias, conquistaram a amizade dos menos prestigiosos, sem lhes aumentar o poder, abateram os mais fortes e não deixaram que os estrangeiros poderosos adquirissem conceito.
10º Vigiar e ter cuidados com os rebeldes, porque previstas a tempo pode, ser exterminada a rebelião ou o golpe.
O PRÍNCIPE deve profetizar ver a frente.
11º Se tiver que guerrear, brigue porque uma guerra não pode ser adiada, porque se for, favorecerá o adversário;
12º Maquiavel culpa os franceses por estes terem dado poder a alguém já poderoso a Igreja Católica e esta foi sua ruína.
REGRA GERAL: NUNCA SE DÁ PODER A ALGUÉM, PORQUE SE DER SERÁ ARUÍNAD.
A GUERRA NÃO SE EVITA, SE ADIA EM BENEFÍCIO DOS OUTROS;
O TEMPO LANÇA A FRENTE DE TODAS AS COISAS E PODE TRANSFORMAR BEM EM MAL OU MAL EM BEM;
- Cometeram erros Luís XII, cinco:
- Eliminou os menos fortes;
- Aumentou na Itália o prestígio de um poderoso (colocou um estrangeiro poderosíssimo);
- Não veio habitar no país;
- Tomou os territórios dos venezianos.
            Se não tivesse tornado grande a Igreja Católica, nem introduzido a Espanha na Itália, seria bem razoável e necessário enfraquece-los.
REGRA GERAL: NUNCA OU RARAMENTE FALHA: Quem é causa do poderio de alguém arruína-se, porque esse poder resulta ou da astúcia (raposa) ou da força (leão), e ambas são suspeitas para aquele que se tornou poderoso.

“ E por experiência viu-se que a grandeza da Igreja e da Espanha na Itália foi causada pela França, e a ruína desta foi acarretada por aquelas”!

4.    CAPÍTULO IV: Porque O Reino De Dario, Ocupado Por Alexandre, Não Se Rebelou Contra Seus Sucessores Após A Morte Deste

Neste capítulo Maquiavel analisará os Estados da França e Turquia.
Na França os homens que se juntam ao príncipe são nobres, barões, duques, entre outros, pessoas de estirpe, na Turquia esses homens são pessoas comuns, mas tem o cargo de ministros.
      No caso da França é mais fácil de ser dominada porque há sempre alguém chateado, aborrecido com o príncipe, assim se aliando a estes se entra facilmente, mas no caso da Turquia é difícil porque todos são hierarquicamente inferiores ao soberano.
      Entretanto, para manter o poder na França é difícil porque sempre há súditos que amam os barões, dificultando o poder e domínio do novo príncipe.
      Já a Turquia bastará exterminar com todos monarcas, o príncipe e sua família que os súditos os esquecerão, porque tem memória curta e  neste caso será fácil manter o domínio, porque os súditos sem governantes dependerão do NOVO PRÍNCIPE.