sábado, 3 de maio de 2014

Estudo de caso: Patrícia pensando em ERGONOMIA

Patrícia trabalha em um escritório de corretores de imóveis, seu espaço de trabalho corresponde a 30 (trinta) metros quadrados, nesta área ficam aproximadamente 28 corretores, isto é, quase 1 m² por pessoa. Esse fato assusta Patrícia que nem imaginava cair em um estabelecimento tão lotado.
 Desta forma Patrícia resolve junto com alguns amigos do serviço, analisar a área de trabalho, e chega a conclusão de quê existem muitos ruídos e que esses barulhos tiram a concentração dos colaboradores, e consequentemente, diminui a qualidade e quantidade de produção do trabalhador. Logo, percebeu que se tratava de Ergonomia de Concepção, onde analisa-se o meio ambiente e retira as questões que dificultam a qualidade de vida do trabalhador.
Os colaboradores quando necessitam concentrar-se para responder algum e-mail para os clientes agem da seguinte maneira: pegam um fone de ouvido e ouvem músicas ou somente utilizam o fone para diminuir os ruídos. Assim, pensou numa sugestão para dar ao pessoal, colocar informações por escrito em alguns espaços da parede do escritório, pedindo silêncio, como são pessoas adultas e educadas certamente entenderiam que devem diminuir o volume da voz e conversar quando necessário em voz baixa, era uma opção não cara já que acabara de entrar e não estava disposta a prejudicar ou até mesmo aumentar os custos com despesas para a empresa, como por exemplo, readequação de acústica, aumento da área do escritório o que com certeza demandaria investimentos altos.
A passagem dos transeuntes também é bem dificultosa conta Patrícia, porque as mesas estão expostas uma ao lado da outra e sobra um pequeno espaço para a passagem, tem muitas cadeiras, as pessoas tropeçam e se machucam. A pele até fica arroxeada devido ao trauma com pés de cadeira, mesas entre outros móveis. Sobre esse fato chegou a conclusão de quê quando alguns corretores não estão de plantão ou estão atendendo no decorado, poderiam fazer o seguinte retirar as cadeiras colocar num canto e liberar mais espaço, apesar de quê acontece outros problemas porque alguns colaboradores sentem como se fosse dono da cadeira da mesa, e por isso, não gostam que mexam em seus pertences alegando que não encontram depois seus processos. Mas precisam entender que não são donos desses pertences e que tudo é patrimônio da empresa, e que independente do colaborador esses documentos devem sempre ser respeitados e mantidos em ordem. Sendo assim, Patricia imagina que o gerente geral deve fazer ciclos de formação e chamar a comissão de ética, para esclarecimento e conscientização com todos os colegas no que diz respeito a materiais e relacionamento entre funcionários. Porque a Ética é um ramo do conhecimento que trabalha com cada indivíduo, como ele deve agir em relação aos outros profissionais, é o envolvimento individual de um pessoa com a outra, já a moral é ampla porque trabalha todo o grupo, é uma regra que chegando em comum acordo esta sociedade resolveu respeitar para tentar viver harmonicamente.
Outra questão é que nenhuma mesa tem suporte para os pés, então resolveu fazer uma rifa e angariar fundos para  comprar senão todos os suportes, mas quem sabe alguns para proporcionar o descanso dos pés. Mas foi aí que percebeu que o corpo também está sofrendo, porque como o espaço é pequeno para as pessoas passarem muitos colaboradores sentam de torto, comprometendo sua coluna vertebral e postura, o que já percebeu através de análise de postura que alguns colegas tem um ombro maior que o outro, por causa do computador, por causa da má postura. Resolveu chamar o pessoal da Qualidade de Vida para marcar com um médico ortopedista, pelo menos conferência sobre os problemas de ergonomia.
Outra questão que é frequente é falta por motivo de atestado médico, dores de cabeça, dor nas costas, e por aí vai. Esses acontecimentos enfraquece a produção e qualidade do serviço, mas é compreensivo porque causa enxaquecas tantos ruídos.
Falou com seu amigo Pires se devesse conversar com o encarregado, para ver se a empresa conseguia um espaço para descanso, sabe porquê? É que como a maioria almoça no serviço, passam mais de 10 horas no trabalho, e todo esse tempo sentado, pressionado para mostrar resultados e sem conforto para trabalhar, aumenta o stresse, é imprescindível um espaço com televisão, sofás ou cadeiras para relaxarem, pelo menos durante as refeições.
Pensou que pelo menos essas atitudes devem ser tomadas, e a longo prazo ela acredita que o espaço possa melhorar, ficar amplo. Poderia fazer divisórias por empreendimentos, colocaria uma quantidade de corretores responsáveis por um edifício, depois pode até fazer troca de equipes, mas mantendo um número x de funcionários juntos, por exemplo, cada sala de 20 m² com duas mesas e oito corretores que tal, duas equipes.
Ah já ia me esquecendo Patrícia também reclama das conversas paralelas sobre seus trabalhos, devem manter sigilos de informações, respeitar a privacidade de cada processo, que envolve os problemas dos clientes, mas quando alguém ouve, começa o burburinho.
E a parte de alongamento, quando o preparador físico passa somente uma ou duas pessoas fazem, isso não é bom, Patricia sugeriu ao educador físico que torne a aula de alongamento mais envolvente, marcando os dias e horários e local, fora do espaço de trabalho para que possa fazer tranquila o relaxamento, outra coisa importante é relatório sobre quantos estão fazendo e fazer propaganda e incentivar mais pessoas.