RESENHA:
HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA: OS PRÉ-SOCRÁTICOS
O
pensamento pré-socrático: do mito à filosofia
.
DISCIPLINA: FILOSOFIA
GERAL E DO DIREITO
DOCENTE: KARINE KREWER
DISCENTE: JORDANIA MARCIA CARVALHO LEAL
CUIABÁ
2012
O
texto fala sobre o nascimento, ou seja, o surgimento do pensamento filosófico,
que datam do século VII a. C., sendo filosofia uma área do conhecimento tão
complexa, é interessante saber que ela surge em épocas tão remotas, onde a
escrita e a geometria, que representavam o saber superior. A filosofia tem seu
início na Grécia, filósofos gregos que residiam em colônias distantes da pólis,
resolveram se reunir em Atenas, devido as relações de mercado com povos
diferentes, os orientais, os egípcios e os árabes, a filosofia sofreu grandes
influências, embora a sua origem é na Grécia, portanto filosofia ocidental e
grega. O autor se identifica com o pensamento do filósofo alemão Martin
Heidegger que diz: “(...). Foi ela que deu fôlego às pesquisas de Platão e
Aristóteles para depois emudecer como questão temática de uma real
investigação.” Nesta frase Heidegger quer dizer que ao questionar o Ser, a
filosofia grega, que representa a escrita, acaba por se preocupar com tantas
outras dúvidas da physis (questões da natureza) e esquece-se de estudar
o Ser, Heidegger ainda afirma:“ a língua grega, e somente ela, é logos (razão)”.
Dessa maneira o autor conclui quê: o pensamento filosófico está profundamente
ligado à língua grega e à sua cultura, daí o nome do texto do mito a filosofia,
visto que a cultura grega é repleta de mitos. O autor fala sobre uma linha de
interpretação que acredita que a filosofia grega é uma extensão do oriente, mas
ele adere que o pensamento grego com outras culturas, cria algo novo na
produção literária grega, cultural e política. No texto o autor, se remete a
Homero e Hesíodo principais autores da cultura grega, e este chega a conclusões
que Homero acreditava que poderes superiores interferiam nas lutas dos gregos e
troianos ( Ilíada e Odisséia ), estas divindades possuíam forma humana, certa
racionalidade, aqui a religião ganha sentido político, os mortais recebem dos
deuses dons e talentos, a filosofia grega nasce na aristocracia. Já Hesíodo,
apresenta características marcantes de quê os deuses abandonaram os mortais,
Zeus é agora o símbolo da justiça, castigando ou premiando os mortais de acordo
com seus atos, de que são responsáveis. Além disso, Hesíodo defende a
necessidade do trabalho árduo como condição humana. E ainda diz que o ser
humano está abandonado, mas é livre para fazer valer sua justiça e pensar por
conta própria, nasce então, a filosofia ocidental e grega.
A
vida política – Havia uma construção para que a sociedade se organizasse e
expressasse o ideal da racionalidade, os gregos denominavam democracia, nas
assembleias se reuniam para debates, discussões, até que chegassem a um
consenso para a cidade, então através dessa política ocorre à acomodação, o
consenso entre os desiguais em prol do todo, a sociedade. O homem pode
tornar-se virtuoso e apresenta o que ele pensa, os artista então envolvidos com
a política da cidade, a dança, a música, o teatro, através das tragédias
representam os debates das assembleias, os conflitos são investigados e o
assunto resolvido num ambiente democrático. O agir afeta a cidade que são os
conflitos a serem resolvidos. Cada comunidade era considerada unidade política,
cidade-estado ou pólis, cada um tinha a organização política, e o autor faz
referência a Aristóteles do animal social e político: o homem. Logo, os gregos
se organizavam politicamente, o homem se torna virtuoso e apresenta suas
opiniões nas assembleias, as proposições são mostradas e cria-se a Democracia.
As condições históricas do nascimento da
filosofia: A organização política é a primordial para surgir à
filosofia, rompendo com a figura do mestre da verdade (poeta, o adivinho e o
rei-de-justiça), verdade em grego é a-létheia, ou seja, não esquecimento. Essa
palavra “verdade”, já não satisfaz os gregos que a transforma em lógica (logos),
que é laica, pública e humana, sustentada nas assembleias, esta palavra também
se aproxima da opinião (dóxa), tendo haver com a decisão. A filosofia surge
ligada a essas duas palavras alétheia e dóxa. Nascendo, portanto, no contexto
da pólis e da existência de um discurso-logos-público, dialogal, compartilhado
para encontrar e desenvolver argumentos que persuadem os outros e as façam
aceitar como válida e correta à opinião emitida, ou rejeitá-la se houver
fraqueza dos argumentos. O objetivo era para se chegar a uma decisão para o bem
comum e não uma sedução retórica.
O autor termina com a apresentação
da importância dos pré-socráticos, em serem lidos na sua essência, embora não
se encontram obras completas e sim citações, mas propõe a nós alunos o desafio
da contemporaneidade que é o de separar a tutela platônico-aristotélica, e
analisá-los através de seus próprios conceitos originais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Martin. Que é isto – a filosofia?; in Conferências e escritos filosóficos.
Traduçãoe nota de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979, pp 13-24.
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Martin. Ser e Tempo. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. Petrópolis: Editora
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HESÍODO.
Os trabalhos e os dias. Introdução, tradução e comentários de Mary Camargo
Neves Lafer. São Paulo: Editora Iluminuras,2002, 4 edição.
HESÍODO.
Teogonia. Estudo e tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Editora Iluminuras,
1995, 3 edição.
PESSANHA,
José Américo Motta. Os pré-socráticos; fragmentos, doxografia e comentários. 2
ed. São Paulo, Abril Cultural, 1978. (Os pensadores).
Resume de uma forma não tao reduzida e organize de uma forma melhor.
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