segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

RESENHA - OS PRÉ-SOCRÁTICOS








RESENHA: HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA: OS PRÉ-SOCRÁTICOS
O pensamento pré-socrático: do mito à filosofia


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DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E DO DIREITO
DOCENTE: KARINE KREWER
DISCENTE: JORDANIA MARCIA CARVALHO LEAL






CUIABÁ
2012
O texto fala sobre o nascimento, ou seja, o surgimento do pensamento filosófico, que datam do século VII a. C., sendo filosofia uma área do conhecimento tão complexa, é interessante saber que ela surge em épocas tão remotas, onde a escrita e a geometria, que representavam o saber superior. A filosofia tem seu início na Grécia, filósofos gregos que residiam em colônias distantes da pólis, resolveram se reunir em Atenas, devido as relações de mercado com povos diferentes, os orientais, os egípcios e os árabes, a filosofia sofreu grandes influências, embora a sua origem é na Grécia, portanto filosofia ocidental e grega. O autor se identifica com o pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger que diz: “(...). Foi ela que deu fôlego às pesquisas de Platão e Aristóteles para depois emudecer como questão temática de uma real investigação.” Nesta frase Heidegger quer dizer que ao questionar o Ser, a filosofia grega, que representa a escrita, acaba por se preocupar com tantas outras dúvidas da physis         (questões da natureza) e esquece-se de estudar o Ser, Heidegger ainda afirma:“ a língua grega, e somente ela, é logos (razão)”. Dessa maneira o autor conclui quê: o pensamento filosófico está profundamente ligado à língua grega e à sua cultura, daí o nome do texto do mito a filosofia, visto que a cultura grega é repleta de mitos. O autor fala sobre uma linha de interpretação que acredita que a filosofia grega é uma extensão do oriente, mas ele adere que o pensamento grego com outras culturas, cria algo novo na produção literária grega, cultural e política. No texto o autor, se remete a Homero e Hesíodo principais autores da cultura grega, e este chega a conclusões que Homero acreditava que poderes superiores interferiam nas lutas dos gregos e troianos ( Ilíada e Odisséia ), estas divindades possuíam forma humana, certa racionalidade, aqui a religião ganha sentido político, os mortais recebem dos deuses dons e talentos, a filosofia grega nasce na aristocracia. Já Hesíodo, apresenta características marcantes de quê os deuses abandonaram os mortais, Zeus é agora o símbolo da justiça, castigando ou premiando os mortais de acordo com seus atos, de que são responsáveis. Além disso, Hesíodo defende a necessidade do trabalho árduo como condição humana. E ainda diz que o ser humano está abandonado, mas é livre para fazer valer sua justiça e pensar por conta própria, nasce então, a filosofia ocidental e grega.
            A vida política – Havia uma construção para que a sociedade se organizasse e expressasse o ideal da racionalidade, os gregos denominavam democracia, nas assembleias se reuniam para debates, discussões, até que chegassem a um consenso para a cidade, então através dessa política ocorre à acomodação, o consenso entre os desiguais em prol do todo, a sociedade. O homem pode tornar-se virtuoso e apresenta o que ele pensa, os artista então envolvidos com a política da cidade, a dança, a música, o teatro, através das tragédias representam os debates das assembleias, os conflitos são investigados e o assunto resolvido num ambiente democrático. O agir afeta a cidade que são os conflitos a serem resolvidos. Cada comunidade era considerada unidade política, cidade-estado ou pólis, cada um tinha a organização política, e o autor faz referência a Aristóteles do animal social e político: o homem. Logo, os gregos se organizavam politicamente, o homem se torna virtuoso e apresenta suas opiniões nas assembleias, as proposições são mostradas e cria-se a Democracia.
As condições históricas do nascimento da filosofia: A organização política é a primordial para surgir à filosofia, rompendo com a figura do mestre da verdade (poeta, o adivinho e o rei-de-justiça), verdade em grego é a-létheia, ou seja, não esquecimento. Essa palavra “verdade”, já não satisfaz os gregos que a transforma em lógica (logos), que é laica, pública e humana, sustentada nas assembleias, esta palavra também se aproxima da opinião (dóxa), tendo haver com a decisão. A filosofia surge ligada a essas duas palavras alétheia e dóxa. Nascendo, portanto, no contexto da pólis e da existência de um discurso-logos-público, dialogal, compartilhado para encontrar e desenvolver argumentos que persuadem os outros e as façam aceitar como válida e correta à opinião emitida, ou rejeitá-la se houver fraqueza dos argumentos. O objetivo era para se chegar a uma decisão para o bem comum e não uma sedução retórica.
            O autor termina com a apresentação da importância dos pré-socráticos, em serem lidos na sua essência, embora não se encontram obras completas e sim citações, mas propõe a nós alunos o desafio da contemporaneidade que é o de separar a tutela platônico-aristotélica, e analisá-los através de seus próprios conceitos originais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORNHEIM, Gerd. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix.                                  2000.
DIELS, Hermann e KRANZ, Walter. Die Fragmente der Vorsokratiker. Zurich:    Weidmann, 1996.
HEIDEGGER, Martin. Que é isto – a filosofia?; in Conferências e escritos filosóficos. Traduçãoe nota de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1979, pp 13-24.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. Petrópolis: Editora Vozes,1989, 3 edição.
HESÍODO. Os trabalhos e os dias. Introdução, tradução e comentários de Mary Camargo Neves Lafer. São Paulo: Editora Iluminuras,2002, 4 edição.
HESÍODO. Teogonia. Estudo e tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Editora Iluminuras, 1995, 3 edição.
PESSANHA, José Américo Motta. Os pré-socráticos; fragmentos, doxografia e comentários. 2 ed. São Paulo, Abril Cultural, 1978. (Os pensadores).









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